Quinta-feira, 27 de Junho de 2013

Rescaldo não oficial da greve geral

          Pois é, hoje foi mais um dia de greve geral, que como já tem sido hábito, foi um sucesso para os grevistas e um dia “normal” para o governo.

O que me leva a divagar sobre a questão é a quantidade de reportagens absurdas que se fez ao longo do dia por esses meios de comunicação. Antes de mais, expliquem-me quem são os anjinhos que arriscam tratar de assuntos nas finanças, segurança social, loja do cidadão etc.?! Eh pá, não me venham com histórias que não sabiam ou que estavam no limite do prazo… Estou convencido que as pessoas que foram às 7 ou 8 da manhã para a porta destes serviços só podem ser familiares de grevistas ou até mesmo contratados pelos sindicatos para que se crie a ilusão de transtornos. Ou então, são pessoas que fizeram greve e aproveitaram o dia para tratar disso. Irónico, não?! Depois ainda ficam muito aborrecidos por baterem com o nariz na porta… Haja paciência!

Outra coisa que me faz um pouco de espécie são os valores  do prejuízo causado por um dia de greve. Em condições normais, somos um povo pouco produtivo e temos de trabalhar mais horas, já em dias de greve deixa-se de produzir milhões. Com esses valores de produção, se multiplicarmos por um ano de trabalho, temos a dívida paga!

Outra coisa que fiquei surpreendido foi a com data da greve, tenho um palpite que alguém se enganou e marcou para uma quinta-feira e não sexta-feira como seria de esperar, mas depois parecia mal voltar atrás… É que com este tempinho sabia mesmo bem um fim-de-semana prolongado.

Cada um tem a sua ideia e acho bem que se lute para que não se percam direitos adquiridos, mas… será que assim se consegue alguma coisa?!

Agora o mais hilariante do dia, foi a quantidade de entulho que se escreveu por essas redes sociais por aquela espécie de revolucionários de sofá, que acham que não é indo para a praia em dia de greve que se resolve os problemas do país, mas (acham eles) com uma “guerra civil”, “até que escorra sangue”, dizendo que o povo “é manso e cobarde” e mais um sem número de barbaridades típicas de quem tem inveja dos funcionários públicos ou de actividades defendidas pelos (sanguessugas) dos sindicatos. Intitulam-se de salvadores da pátria, mas não levantam o cú do sofá e inundam as redes com azelhices de todo o tamanho e nem tomates tem para fazer uma greve balnear!!!!! Vá lá, contenham-se nos posts e deixam o pessoal aproveitar bem o sol.

A propósito, um dos indicadores para analisar a adesão à greve é o consumo de electricidade, e pelo que parece, foi mais baixo no dia de S. João do que hoje… Se calhar, na próxima vez é melhor fazer uma rave na noite anterior à greve, claro está, bem regada. Assim é dois em um, revitaliza-se a restauração e cumpre-se o dia de greve com outro gosto!

 

sinto-me:
publicado por fm às 23:11
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Terça-feira, 30 de Outubro de 2012

Uma mala de cartão para...

          Tendo como motivação descobrir as múltiplas marcas de portugalidade inscritas no nosso jardim à beira-mar, heranças antigas ou contemporâneas, desde cedo a necessidade obrigou a pôr os pés ao caminho. Desci primeiro ao sul onde predomina o ar quente e pessoas à boa vida, a gozar as merecidas férias, onde prontamente lhes servia os manjares bem regados, para conseguir ganhar umas coroas para quando chegasse a minha vez, também eu pudesse relaxar e ser servido. Experiência rica em aprofundar a lide com pessoas do mais variado extrato social, nacional e estrangeiro. Também me serviu de grande exemplo e confirmação de que santos da terra não fazem milagres, pois dessas milhares de pessoas com quem contactei, seriam as da freguesia ao lado da minha terra natal que me levantaram problemas, onde muitas das outras de lugares e países longínquos me elogiavam e prendavam com chorudas gorjetas…Foi sim uma temporada bem passada por terras da Oura, no litoral algarvio.

            Hora do regresso a casa, embora não por muito tempo, mas o suficiente para traçar como objetivo uma formação técnica, que fosse de encontro às minhas capacidades e gostos, e claro, que me permitisse alcançar um bom nível de vida. Posto isto, rumei à cidade berço, onde por lá deu para sorrir, chorar, relaxar, stressar e ao fim de um esforço moderado, parte do objetivo foi superado… A parte restante, o futuro não muito colorido o dirá.

            Terminado o tempo da boa vida, é chegada à hora de meter mãos à obra e lá fui eu para as terras de Santa Maria, deixar lá algum suor. Em dois passos descobri Gaia, a Invicta e aquilo que não vem nos guias turísticos, para não falar em toda a faixa costeira desde a ria de Aveiro até S. Gregório no topo norte de Portugal. Como se não bastasse, achei (ou acharam) que ainda havia muito para descobrir e cá estou eu, a desbravar o interior norte e agreste.

            À medida que fui palmilhando territórios, conhecendo pormenores e desvendando mistérios, somando dois e dois, senti por vezes raiva e vergonha, por vezes admiração e orgulho. Certo é que os portugueses, quando «deram novos mundos ao mundo», iniciaram de forma sistemática o processo da globalização humana. Estas são as minhas malas de cartão, bagagem onde cabem as histórias, as paisagens, as pessoas, os sentidos e os sentimentos, as gargalhadas, as andanças, os ecos, a fé, os sabores, as saudades, as pedras, o ouro e as especiarias, o sangue, a ignomínia, a glória e a honra dos portugueses de agora e de então espalhados pelo mundo.

            Esta pequena parte da vida de um cidadão comum, que não pode em nada ser comparada com as amarguras de milhões de nós, mas que seria suficiente para aquela cambada de desajeitados que nos (des)governam tivessem o mínimo de noção do que é lutar e valorizar o país e os portugueses ao invés de mandar papaias e tomar medidas que tem tanto de inúteis como de básicas. Qualquer criança da pré-primária sabe que se quiser mais coisas (dinheiro, brinquedos ou o que quer que seja) o mais fácil é pedir aos pais. Ora isto não trás mais riqueza ao agregado familiar, mas ela fica bem mais satisfeita. Se fizermos esta analogia com o estado, as conclusões são… Vocês bem sabem!!

 

 

 

sinto-me:
publicado por fm às 19:53
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