A orgia de palavras que se seguem, ao contrário de muitas histórias que por aí se contam, não é verídica, mas pode muito bem deixar de o ser e passar de pura ficção a realidade vivida por muitos de nós. Aqui vai:
Era uma vez uma freguesia, de nome complicado de dizer, sem que haja divisões de opinião, onde existe um monumento de elevado valor arquitetónico com a denominação de Mosteiro de S. Romão do Neiva. Com certeza bem conhecido para muitos de vós. Certo dia, vários grupos e movimentos da freguesia reuniram-se e chegaram à conclusão que não estão a valorizar o património, muito menos toda a vertente histórica associada ao movimento dos monges beneditinos pelas terras do vale do Neiva.
Certamente quem se deu ao trabalho de ler isto até aqui, já está a movimentar o “rato” para aquela cruzinha no canto superior direito pois não tem a mínima paciência para injeções de história. Ora se é um destes casos, a melhor parte está para vir. Imagine então que no final da tal reunião, concluíram que deveriam organizar um ou mais eventos que desse a conhecer ao mundo que existimos e claro, que proporcionasse momentos de lazer e cultura aos habitantes e a quem nos queira visitar.
Decidiram então fazer, o que foi apelidado de viagem ao século XVII, uma espécie de feira medieval, mas com a temática beneditina! Escolhido o local, que não poderia ser mais obvio do que o mosteiro e toda a aérea circundante até ao cimo do monte do Crasto, foram promovidas diversas iniciativas, do tipo:
- Concertos de cânticos beneditinos acompanhado por um órgão de tubos, raro na região.
- Visitas guiadas (ou não) aos vários locais do mosteiro, com especial destaque para aqueles que estão normalmente vedados ao público.
- Uma experiência gastronómica com o estaminé espalhado pela encosta do monte onde se davam a conhecer as iguarias da época, toda aquela doçaria conventual, os licores e até mesmo cerveja artesanal.
- Pregão nos recantos mais inusitados deste ambiente criado para uma viagem ao passado, sempre com uma vertente lúdica e alegre.
- Enfim, um sem número de ideias foram postas em prática e dizem as más-línguas que ao fim da 3ª edição, depois de amadurecer um pouco, o evento já era um sucesso de renome que trazia à “aldeia” centenas de visitantes na ânsia de conhecer um pouco da história e passar bons e bem regados momentos.
Posto isto, assim termina este leve divagar, que ao contrário das adaptações de histórias verídicas, não se sabe o final e muito menos se vai chegar a ter um início.
Já repararam no incomodo que cria levar com os altifalantes com um som arruinante a tocar musicas ainda mais arruinantes?!
Será que é mesmo necessário ser gerada toda essa poluição sonora? Não seria muito mais sensato, a instalação temporária de pequenas colunas de som, na area envolvente à zona da festa a um volume apropriado e seguramente com maior qualidade, ou é por colocarmos os altifalantes aos berros que se atrai mais pessoas às actividades realizadas... Humm, não me parece!! Outra coisa diz respeito à "playlist" que se faz ouvir... Se é para se manter esse ruido em alto e mau som, poderia dar-se a possibilidade de todo e qualquer Neivense escolher os seus 30 minutinhos de música... Parece justo!
Começo por louvar os elementos da comissão de festas de Santa Ana. Tenho a certeza que são homens (e eventualmente mulheres) com muita garra e boa vontade. Não é qualquer um que se oferece para organizar e promover a nossa principal festa.
O que me faz gastar algum tempo, foram apenas umas não conformidades de detectei (pelo menos até que me provem o contrário) no hino de... Não posso dizer, pois seria imparcial da minha parte dizer que era o Hino de Neiva ou o Hino de S.Romão de Neiva.
Vou apenas fazer uma leve introdução para me fazer entender com mais rapidez.
Chegou-me a casa recentemente o programa / agenda das grandiosas festas de Santa Ana. Mais uma vez dou os parabens aos responsáveis pelo feito.
Na ultima página desse "livrinho" aparece o Hino da terra (mais uma nova descoberta, pois desconhecia que tinhamos tal coisa) intitulado de Hino de São Romão de Neiva.
Ora quaquer coisa aqui não bate certo, pois se estivessemos a falar do hino da freguesia, seria Hino de Neiva, caso seja do padroeiro seria Hino de S.Romão - tudo junto é que não me parece muito correcto.
Ainda tentei ver as coisas nesta perspectiva: Hino de São Romão, padroeiro de Neiva, mas que tivessem cortado algumas palavras para poupar tinta na tipografia.
Essa interpretação foi logo delapidada na primeira quadra do hino - "S. Romão terra bendita".
Será que a ideia seria S. Romão santo bendito ou Neiva terra bendita?!
Fica a questão, bem sei que ninguém a irá debater (aliás, dificilmente alguem terá lido isto até esta parte).
Vou ainda tomar a liberdade de finalizar este post com o hino em questão, tal e qual como o recebi.
""Hino de São Romão de Neiva"
"S. Romão terra bendita
Toda catita sempre a cantar
No seio da sua gente
A Mãe clemente tem um altar"
"S. Romão mansa rolinha
Que à tardinha vai refrescar
Seu bico na água corrente
Que de repende vai ver o mar"
"Os Frades Bentos embalaram
Outrora nossos Avós
E por eles nos legaram
Alegria, alegria a todos nós"
"Nos lábios um sorriso
No paraiso se espalha
Pois cá dentro de nós vive
A eterna luz de uma centelha"
De... autor desconhecido ou com identidade reservada
Até breve!!!!!!!!!!!!
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